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Especial Dia das Crianças: a melhor brincadeira é quando os pais brincam junto

30 de outubro de 2018

A beleza da infância está na inocência de uma criança. Na criatividade de se divertir com as coisas mais simples e na capacidade de transformá-las em cenários memoráveis. No brilho dos olhos ao se encantarem com suas próprias invenções.

A risada gostosa que se ouve ao fazer qualquer palhaçada e no jeito delicado de pedirem para repetir de novo. A inteligência das conexões, desenhos, músicas, as letras, o dia a dia, tudo pode contribuir para a hora do brincar. Naturais, espontâneas e contagiantes, assim são as crianças.

Nós, adultos, esquecemos como é ser criança. As preocupações do dia a dia nos fazem ficar com a mente muito distante e até mesmo travada para entrar “na onda” das crianças. É preciso se despir do adulto que existe em nós e resgatarmos a nossa criança interior para que possamos brincar de verdade. Um verdadeiro exercício, não acham?

E como mãe de duas crianças de sexos opostos, posso dizer que lá em casa tem brincadeira para todo gosto. As vezes fazemos da sala de estar um palco para as apresentações de bailarina da Catarina e do papai. A mamãe fica na plateia, enquanto o Cauê só ri da bagunça dos dois. Outras vezes, nossa pequena transforma a sala de casa em sua sala de aula, com direito a vários ursinhos de pelúcia sentados nas cadeiras, com suas mochilas, cobertores e brinquedos.

Já nosso filho mais velho ama os dinossauros. Por ter assistido a saga dos filmes do Jurassic, gosta de recriar algumas cenas com maquetes feitas de papelão, que exigem cola quente para os detalhes, devidamente manuseada pela mamãe, e a pintura também auxilia a deixar a obra de arte do jeitinho dele. Bom, nessa parte, a Catarina se junta para “ajudar” a colorir.

Outro dia perguntei para o Cauê do que ele mais gosta de brincar comigo e ele me respondeu: de construir maquetes. Para mim é um desafio, porque eu preciso focar na diversão e não posso ficar controlando a sujeira que eles estão fazendo. Hora de construir é hora de construir, depois vem a hora de limpar e então brincar. Como ele se diverte construindo a maquete, limpar é até divertido. Porque ele vai contando como vai brincar com aquilo, termina rapidinho e logo senta no chão da sala com seus dinossauros e a ideia ganha ação.

Também procuramos resgatar algumas brincadeiras da nossa infância com eles, aquelas brincadeiras que não parecem ter muita graça, mas basta ter um papel e uma caneta que qualquer lugar é lugar: jogo dos pontinhos, forca, e o tradicional jogo da velha.

Você lembra do STOP? A minha mãe até encadernou algumas folhas prontas para sempre termos como brincar, já que o Cauê também gosta disso. E muitas noites, quando voltamos do trabalho e as crianças tomam banho, jogamos uma partida de UNO. Catarina já pegou o jeito da brincadeira e ganhou algumas vezes (sem o pai ou a mãe contribuírem para isso!).

Todos os dias a gente consegue fazer isso? Não. Mas muitas vezes nós conversamos com eles, planejamos, nos programamos para acontecer como no caso das maquetes. Às vezes temos nossos compromissos, às vezes deixamos para limpar a casa depois. A vida real é assim. Mas ao mesmo tempo, sabemos que eles só serão crianças uma vez na vida e não ficarão para sempre debaixo das nossas asas. Quando eles tiverem suas próprias asas e alçarem seus voos, queremos que lembrem desses dias que nos divertimos em família.

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