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Eu sei o que você fez no verão passado

11 de abril de 2018

Eu sei o que você fez no verão passado. Seus filhos estavam de férias, cheios de energia, e você tendo que acordar cedo e ir pro trabalho, aguentar trânsito e reunião, pra chegar em casa e ver as crianças gritando: “Papai, brinca comigo?”. A gente nem tirou o sapato ainda e já tem crianças se pendurando na gente. A gente faz cosquinha, beija a barriga deles, diz espera um pouco o papai já brinca, vai pro banheiro lavar a cara. Ao sair do banheiro buuuuuuu leva um susto, as crianças têm espadas de brinquedo, querem brincar de lutinha. Você está com fome, sede, dor nas costas, stress. Precisa de uma cerveja. E as crianças gritando: “brinca, pai!”.

Você até brincaria agora mas sabe que brincadeira de criança não tem fim. Cada lutinha seria seguida de um “de novo!”. Cada jogo de futebol no corredor iria até depois da meia noite. Cada vez que você joga seu filho pra cima ouve um: “só mais uma vez”. Quando leio livros para minhas filhas sempre ouço “o último”, enquanto a mais nova vai até a estante pegar mais um. Ou “de novo”, quando já li dez vezes o Chapeuzinho Amarelo. Lobo bobo lobo bolo lobo zzzzzzz. Pai, você dormiu! Não, não. Papai estava só fechando os olhos.

Quando vem um filho e os amigos dizem: “Aproveita pra dormir agora!” é porque é verdade. Você vai dormir menos, ter por anos uns macaquinhos se pendurando em você, obrigatoriamente passear no parque todo sábado e ficar acabado em período de férias. Você vai querer voltar pro trabalho na segunda! Mas, se parar pra pensar, do que você está fugindo?

Quantas noites em claro você não virou na balada ou estudando pra uma prova? Quantas vezes ficou até as 3 da manhã vendo seriado na tv? Quantos domingos chegou acabado depois de um churrasco com cerveja?

São os nossos filhos, as coisas mais importantes que faremos na vida. São eles querendo brincar e correr e ler o mesmo livro pela milésima vez. São os nossos filhos, nossas obras primas, que se pendurarão em nossas costas por mais dez anos no máximo. Vai passar. Vamos sentir falta. Até quando vão querer brincar conosco?


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