O papel da escola no apoio à criança com câncer – Momento Dourado
20 de agosto de 2024
Para uma criança com câncer, o atendimento médico adequado não é a única assistência necessária. Problemas psicológicos, cognitivos e sociais frequentemente surgem durante o tratamento e, por vezes, persistem mesmo após a recuperação.
O câncer provoca um sentimento de ansiedade, medo, abandono e incerteza sobre o futuro. Já o preconceito e a estigmatização da doença agravam essa situação. Um olhar diferente sobre a cabeça sem cabelo ou o uso frequente de máscara transmitem uma sensação de rejeição, comumente enfrentada pelos que estão doentes.
Por tudo isso, o apoio da família e do corpo clínico e psicológico são muito importantes, mas não o suficiente. É importante que haja receptividade e ajuda da escola no acompanhamento do processo de tratamento, bem como na recuperação e reintegração dos pequenos depois da cura.
Direito da criança com câncer à Educação Hospitalar
A criança com câncer que não pode comparecer às aulas, tem direito por lei a um atendimento diferenciado. A legislação federal garante tratamento excepcional aos alunos de qualquer nível de ensino, portadores de doenças ou limitações físicas incompatíveis com a frequência à escola. O estudante pode compensar a ausência às aulas e manter o processo de aprendizado por meio de atividades realizados no próprio ambiente hospitalar. Ou até mesmo em sua casa, sempre com supervisão de profissionais devidamente preparados para realizar esse acompanhamento.
O momento em que a criança com câncer volta às aulas
Voltar às aulas e ao convívio com os colegas é um passo determinante no processo de tratamento e cura da criança com câncer. Mas não existe uma regra de como e quando isso deve acontecer. A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica recomenda que essa decisão seja tomada sempre em conjunto pela família, o médico responsável pelo tratamento e os profissionais de suporte psicológico da paciente, levando em consideração o estado clínico e emocional de cada um.
A escola e o câncer infantil
Por outro lado, a escola também precisa se preparar para receber o aluno com câncer, de forma a garantir que a reintegração ocorra de forma tranquila. O período de afastamento, as mudanças físicas geram desconfortos que despertam um sentimento de ansiedade e medo de rejeição do que se vai encontrar pela frente. Nesse sentido, a conscientização da comunidade escolar, combatendo a estigmatização e o preconceito e desenvolvendo a empatia é essencial. Falar da doença de forma clara e com informações acessíveis a cada faixa etária é o caminho para inclusão, ajudando a criar um ambiente de compreensão e apoio, fundamental para a superação dos pacientes.